segunda-feira, 24 de maio de 2010

Frei Santa Rita Durão


Bom, agora acabei de lembrar do que a minha professora falou sobre outro importante escritor do arcadismo, Frei Santa Rita Durães. Ele nasceu em 1722 e morreu em 1784 em Lisboa. Ele se formou padre e fez doutorado na Universidade de Coimbra. Em 1781 publicou Caramuru, que fala sobre o culto à natureza, uma das principais características do arcadismo. Sua obra teve forte influência dos poemas clássicos de Camões. Caramuru conta a trajetória de Diogo Álvares Correia, português que naufragou na costa brasileira e viveu entre os índios. O poema se inicia com o navio de Diogo, e seus tripulantes que naufraga e são acolhidos por nativos da tribo de Gupeva. Os nativos tinham segundas intenções: se alimentar dos estrangeiros, nesse momento a tribo é atacada por Sergipe, a tribo inimiga. Logo após isso, o Canto II retrata a ajuda oferecida por Diogo, dando suas armas para o combate indígena, favorecendo Gupeva. Depois disso, Diogo recebe o nome de Caramuru, o filho do trovão, e ganha respeito da tribo. Ele também conhece a índia Paraguaçu, por quem se apaixona, mas ela está prometida a Gupeva. No Canto III, índios inimigos chegam mas se retiram rapidamente, pois ficaram assustados com o barulho das armas de Diogo. Já no Canto IV, os inimigos são os Caetés, que declaram guerra a Guvepa, pois seu líder Jararaca é apaixonado por Paraguaçu, que ajudou na guerra junto a Caramuru, tornando a tribo de Gupeva a vencedora. O Canto V mostra quando Jararaca ataca Paraguaçu e seu pai, mas Diogo os salva, matando o inimigo, tornando-se ainda mais respeitado. No Canto VI, Diogo rejeita as filhas dos chefes indígenas pois ama Paraguaçu. Caramuru vai a França com Paraguaçu, com o objetivo de converter os índios à fé cristã. O casal é recebido por Du Plessis, um governante francês, onde descreve a ele as terras brasileiras. Paraguaçu é batizada como Catarina, casando-se com o seu amado Diogo, que também descreve o Brasil ao Rei, no Canto VII. No Canto VIII, Diogo recusa a proposta de Du Plessis de dominar as terras brasileiras, por ser muito fiel a Portugal. E quando voltam para o Brasil, Paraguaçu profetiza o futuro do país. E como consequência, no canto IX, Paraguaçu continua contando suas profecias e narra a guerra contra os holandeses.
E para finalizar, no último canto, a profecia de Catarina é concluída com uma visão da Virgem Maria, ela funda uma igreja para iniciar a propagação da fé cristã no Brasil. E no final, Diogo é homenagiado pela coroa portuguesa.

Fonte: Clássicos da Literatura Brasileira - Arcadismo. Editora Harbra.


No próximo, vou comentar sobre Tomás Antônio Gonzaga e sua obra Marília de Dirceu.


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